Adailton Borges foi um dos mobilizadores da Seja Digital que trabalharam para que o processo de digitalização tivesse o sucesso esperado em ao menos quatro regiões: interior do Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Belém. Atuando desde os 17 anos em comunidades, ele trouxe apenas a mochila com seus apetrechos pessoais e a experiência para lidar a população de menor renda em área de risco. “Pretendo escrever um livro contando tudo que já vivi”, contou. “Em especial, os momentos gratificantes no trabalho da Seja Digital, coordenando o Mutirão de Instalação, as ações de Porta em Porta e todos os instaladores e supervisores atuantes em comunidades locais.”

Adailton conta que sua atenção foi intensa. Ele chamou pessoas da comunidade, conversou com as lideranças que receberam o cronograma das visitas com o objetivo de estreitar as relações e promover uma boa receptividade dos antenistas e mobilizadores. Com essa abordagem e o apoio da comunidade, suas equipes realizavam, em média, 150 instalações por dia. “Eu tento ensinar minha equipe a ter paciência com a população e oferecer segurança”, ele conta. Em sua visão, o trabalho de campo é tão especial e envolvente que muitos antenistas iam além de suas obrigações na instalação dos kits gratuitos. Após conhecer e vivenciar a realidade nas comunidades, muitos se uniam para levar às comunidades roupas ou cestas básicas, pois muitas famílias passavam por severas necessidades. Era assim, com engajamento, empenho e responsabilidade que Adailton conduzia suas equipes de mobilizadores voluntários por onde passou com a Seja Digital.